Para ampliar a prestação de assistência aos recém-nascidos prematuros ou de baixo peso, a nova Maternidade Drº Mário Niajar, no Alcântara, inaugurada na manhã desta quinta-feira pelo prefeito José Luiz Nanci, e pelo secretário de Saúde, Dimas Gadelha, ganhou uma Unidade Intensiva (UI) Neonatal, com dez leitos. A maternidade também ganhou novas enfermarias e serviços. Hoje, são realizados cerca de 400 partos por mês, mas com a nova estrutura, a unidade irá dobrar a sua capacidade de atendimento para até 700 partos mensais.
Acompanhado por outros secretários municipais, entre eles o de Governo, Rodrigo Miranda, vereadores e lideranças políticas e comunitárias da cidade, e de familiares do médico Mário Niajar, Nanci percorreu toda a estrutura da nova maternidade, conversou com as mães e funcionários e garantiu que continuará promovendo mudanças para melhorar, ampliar e humanizar o atendimento na rede de saúde.
— Assumimos uma cidade com muitos problemas e a prefeitura com uma divida em torno de R$ 600 milhões. Mas estamos, com a ajuda dos funcionários, com apoio da Câmara dos Vereadores e a união dos nossos secretários, levar serviços e obras até a população. Neste momento, terminamos de pagar o salário de dezembro do funcionalismo e também de quitar várias dividas pendentes – disse Nanci.
De acordo com o secretário de Saúde, a unidade conta ainda com um refeitório com capacidade para fornecer 150 refeições ao dia, inclusive para acompanhantes, uma sala para parto humanizado e Espaços Cegonha e Mãe Coruja, que integram o Programa de Humanização no Atendimento. Estes espaços contam com quartos com dez leitos. Neles, as mães permanecem na unidade mesmo após a alta médica, acompanhando os recém-nascidos que, por motivos de saúde, ainda precisam permanecer internados.
O atendimento de urgência e emergência que era feito no antigo pronto socorro do Alcântara está sendo direcionado as Unidades Municipais de Pronto Atendimento (Umpa) de Nova Cidade e Pacheco, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Colubandê e Santa Luzia e ao Hospital Estadual Alberto Torres (Heat). Estas cinco unidades formam um cinturão de atendimento na região.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Diney Marins, em seu discurso elogiou as novas instalações e garantiu apoio ao prefeito nos projetos que melhorem a qualidade de vida da população. Paralelamente, o vereador Lecinho, presidente da Comissão de Saúde, listou as melhorias realizadas pela secretaria de Saúde nos últimos cinco meses. Também participaram da inauguração os vereadores Alexandre Gomes, José Carlos Vicente, Eduardo Gordo, Isa Deolinda, Bruno Porto, Cacau, Natan, professor Paulo, Capitão Nelson, Maciel, Samuca e Paulo Cesar.
Maternidade do Estado: só esqueleto
O vereador Alexandre Gomes, vice-líder do Governo na Câmara Municipal, elogiou a nova maternidade e aproveitou para criticar o Governo do Estado, que há cinco anos abandonou as obras de construção do Hospital da Mãe, no Colubandê.
— A prefeitura vem buscando melhorar e ampliar o atendimento à população. A nova maternidade municipal dará mais conforto às futuras mães e seus bebês. A unidade não atende somente as mães gonçalenses. Atende mulheres de vários municípios vizinhos e até da Baixada Fluminense. Isso lota, as vezes, a maternidade. O problema seria resolvido se o Governo do Estado concluísse as obras do Hospital da Mãe. no Colubandê – garantiu o parlamentar.
A primeira maternidade estadual de São Gonçalo, o Hospital da Mãe, continua longe de ficar pronta. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, não há dinheiro para a conclusão das obras.
A construção está localizada no bairro do Colubandê, ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e o projeto da nova maternidade garantia a realização de 10 mil consultas e cerca de 800 partos por mês.
De acordo com Alexandre Gomes, o Governo do Estado destinou R$ 37.225.431,90 de investimentos para a unidade que contaria com cinco pavimentos. Um deles seria exclusivo para uma UTI neonatal, que não existe na rede pública de saúde da cidade. A estrutura abrigaria ainda 80 leitos de PPP (salas de pré-parto, parto e pós-parto), 36 de UTI neonatal e seis leitos de UTI adulto.
– Enquanto as obras da maternidade estadual não ficam prontas, a maternidade municipal continua sendo o único caminho para as mães de São Gonçalo e dos municípios vizinhos – disse o vereador.
O Governo do Estado garante que não tem condições de concluir as obras neste momento.