Para homenagear o Dia Internacional das Mulheres a Câmara Municipal de São Gonçalo, através do Centro Cultural George Savalla Gomes – Palhaço Carequinha, realizou na tarde de ontem (11), uma programação especial. Um evento com massagem relaxante e palestra sobre: “Viver sem violência é um direito de toda mulher”.
Durante a manhã, a Massoterapeuta Márcia Fu e sua equipe, realizaram massagens relaxantes para os visitantes da Câmara e funcionárias. “É o segundo ano que participamos deste evento para as mulheres. E, ficamos muito felizes com o retorno, as pessoas saem felizes e mais dispostas”, disse a massoterapeuta, Márcia Fu.
E, a tarde foi realizada a palestra: “Viver sem violência é um direito de toda mulher”. Com a participação de cerca de 70 pessoas no auditório da Câmara. “Estamos recebendo esse time de mulheres que são a rede de proteção das mulheres que sofrem violência. A Câmara abre esse espaço para essa discussão e agradecemos a presença de todas, o auditório lotado, acredito que seja pelo nome das convidadas”, explicou a diretora do Centro Cultural George Savalla Gomes – Palhaço Carequinha, Lúcia Rodrigues.
Abrindo a palestra a advogada e representante da Ordem dos Advogados (OAB-SG), Elenice Baptista, falou sobre o auxílio do órgão as mulheres que sofrem com a violência. “A violência ocorre de diversas formas: física, psicológica e não nos damos conta. Como advogada também sofremos nos cartórios, nas delegacias, em todos os lugares. O nosso atendimento é gratuito, acompanhamos em todo o processo, só quando o caso é mais grave encaminhamos para a Defensoria Pública”, explicou a advogada da OAB-SG, Elenice Baptista.
Para a Fundadora e Gestora do Movimento de Mulheres de São Gonçalo, Marisa Chaves, o Dia Internacional deve ser lembrado pela luta das mulheres que morreram na fábrica nos Estados Unidos.”Não podemos limitar essa data a um dia comercial, a ganhar presentes. Esse dia está marcado por sangue, mulheres que morreram para terem seu trabalho e direitos reconhecidos”, disse a Fundadora e Gestora do Movimento de Mulheres de São Gonçalo.
A Subsecretária de Políticas para Mulheres, Andréa Machado, falou da rede de apoio formada pelas palestrantes. “A Subsecretaria trabalha em equipe com a polícia civil, a DEAM, a polícia militar, todas que estão aqui nos apoiam no enfrentamento a violência contra as mulheres. Não conseguimos fazer nada sozinhas. São Gonçalo tem muito a oferecer e presta um excelente atendimento para essas mulheres que nos procuram pedindo ajuda”, disse a subsecretária.
Já, a Cabo Daiana Rodrigues da patrulha Maria da Penha explicou o trabalho que é realizado pelo 7 ºBPM. “Devido ao aumento de feminícidios no estado e nos chamados do 190, a corporação implantou o projeto Maria da Penha. Um casal de policiais com viatura caracterizada do programa faz as visitas dos chamados de violência contra a mulher. Infelizmente não atendemos 24h, e não damos conta de toda a cidade”, explicou.
De acordo com a delegada da Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM), Débora Rodrigues, a cidade tem suporte para o atendimento a mulher e os casos de femínicio a maioria dos casos não tem registro policial. “O feminícidio é antigo, mas hoje os casos são mais divulgados. Quando ocorre o assassinato desta mulher, nós verificamos e a maioria não procurou ajuda, não fez boletim de ocorrência, são 90% dos casos. São Gonçalo tem atendimento de vangarda, desde 1997 tem a DEAM e essa rede de apoio, prefeitura, polícia civil e polícia militar para ajudar as vítimas de violência”, disse.
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