A Câmara Municipal de São Gonçalo realizou, na tarde desta segunda-feira (19/09), audiência pública pela passagem do Dia do Educador Social, comemorado no dia 19 de setembro. O evento, que aconteceu no plenário Joaquim Lavoura no Palácio 22 de Setembro, é de iniciativa da vereadora Mariangela Valviesse (PSL). A parlamentar é autora do projeto de lei n° 0181/2022 em tramitação que dispõe sobre a regulamentação da profissão de educador social e trata de outras providências.
Durante o encontro, foram distribuídas moções de aplausos para educadores sociais, os presentes na assistência fizeram questionamentos aos profissionais na mesa, e a vereadora Mariangela fez um grande discurso de exaltação à prática da educação social e relembrou o fato do município de São Gonçalo ser pioneiro no tema, tendo sido um dos primeiros cursos de educadores sociais no Brasil. Segundo a vereadora, a função e a profissão já acontecem, mas o que precisa é de regulamentação.
“No nosso país existem muitos ganhos diante da luta e da união. A luta é de cada educador. Atuando ou não. Um educador não deixa de ser educador nunca e continua lutando pela sua classe. O desafio permanente do educador social é seguir um tripé. O primeiro ponto é a construção da própria identidade. Só fazemos sentido atuando e entrelaçando um ao outro. Estamos sempre sujeitos ao outro, e fazendo de outro nosso sujeito. A segunda parte é a aceitação. Aceitar o outro é aceitar suas histórias’’ enfatizou a autora da audiência, que confessou se considerar eternamente uma educadora.
Para o professor, Jacy Marques, temos que lutar por onde a gente planta nossos pés, os educadores sociais merecem deixar de serem vistos como uma função e sim como uma profissão. Quando se lida com vulneráveis, o abrigo é um lugar, lá tem identidade, o abrigo pulsa. Além de continuar lutando, os 14 fundamentos servem para defender aquilo que a gente acredita ser educador social é uma tarefa artesanal de construir um ideia, uma obra, uma esperança futura e edificá-la.
“A regulamentação agora tem nome, e é Mariangela Valviesse, vou lutar e continuarei lutando pelo educador social, por que acredito que ele é o cara que forma e transforma todos aqueles presentes nos abrigos. Eu era um acolhido de um abrigo em São Gonçalo, cheguei lá com 14 anos, passei fome, perdi tudo e perdi também todas as minhas expectativas, eu surgi de São Paulo e hoje estou aqui e gostaria de agradecer a todos que me ajudaram e lutaram por mim, comentou.