Na sessão Plenária da última quarta-feira (7), o vereador Glauber Poubel (PSD) que também é Presidente da Comissão de Defesa Civil, trouxe um tema de grande importância e urgência, que são os descartes ilegais de lixo na cidade.
“Nós somos a segunda maior cidade em nível de população, nossa quantidade de lixo é absurda. A gente nem sabe o quanto de lixo a população coloca para fora, e nem se a empresa que presta serviços de limpeza urbana, têm condições de recolher todo esse lixo. Gostaria de fazer um apelo à população, para que nos ajude. A limpeza está sendo feita, mas de nada adianta se dez minutos depois, o cidadão despeja o lixo inconsequentemente. A população deve ser parceira do poder público, pois o acumulo de lixo atrapalha a locomoção, a estética da cidade e gera enchentes nas ruas e casas, e a poluição de rios e valões. Temos um prefeito que está disposto a mudar a cara da cidade, mas a população tem que colaborar. Nós vamos sim, cobrar dos órgãos responsáveis, mas precisamos da ajuda dos gonçalenses”, conclamou o parlamentar, que aproveitou o ensejo para criticar o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) pela falta de prestação de serviços nos de drenagem nos rios e canais fluviais do município.
Contrapondo-se ao colega no que tange a ausência do INEA na cidade, o vereador Natan (REPUBLICANOS) pediu um aparte e afirmou que, pelo menos entre os anos de 2017 e 2018, a autarquia estadual cumpriu corretamente com o seu dever, fazendo serviços de drenagem em vários rios do município, porém, cabe ao morador conscientizar-se sobre a preservação desse serviço, colaborar com o poder público e descartar o lixo corretamente.
Dentre outros parlamentares, o Professor Josemar (PSOL) e Alexandre Gomes (PV), também discorreram sobre o tema.
“O papel do INEA é limpar os rios e todo o sistema fluvial. Não é apenas um papel técnico, também é um papel político ligado ao Governo do Estado. Têm duas questões fundamentais que eu quero pautar: o lixo é renda, pois uma cidade como a nossa gera-se por pessoa 1kg e 200 gramas por dia. Diariamente, numa cidade com mais de um milhão de habitantes, esse montante aproxima-se de uma tonelada. Se houvesse uma política séria de recolhimento e coleta seletiva em nosso município, poderíamos, inclusive, gerar renda nessa direção. Também acho importante uma campanha de conscientização, fiscalização, fazer cartilhas, educação ambiental e também construir horários efetivos na hora da coleta” argumentou o Professor Josemar.
“Existe um calendário de coleta: Segunda, Quarta e Sexta e também as Terças, Quintas e aos Sábados. O problema da cidade não é a coleta. Infelizmente existe um problema cultural em São Gonçalo. Jogar lixo na rua é ilegal, que nem vender droga. O problema é que vender droga a polícia vai lá e prende. E hoje, querendo ou não, cartilhas e campanhas já foram feitas diversas vezes. E a população que gosta de bagunçar, só vai se conscientizar sendo punida. Às vezes as pessoas não entendem que essa responsabilidade do lixo são mais delas, do que de nós legisladores. Porque a nossa parte, nós fazemos. E para finalizar: o INEA é uma vergonha” detonou Alexandre Gomes.
*Matéria redigida pela estagiária Jussiara Souza, sob a supervisão do assessor chefe de Comunicação Social da CMSG, jornalista Paulo Pintinho dos Santos.