Os vereadores aprovaram a derrubada do veto do Poder Executivo por 18 votos favoráveis e oito contra ao projeto de lei 28/2022 de autoria do vereador Cacau (Cidadania), que prevê o ‘destombamento’ do Tamoio Futebol Clube, durante a sessão ordinária no Plenário Joaquim Lavoura, na Câmara Municipal de São Gonçalo, na noite desta quarta-feira (09/03). A iniciativa do autoria do vereador Cacau (Cidadania), segue para promulgação e publicação no Diário Oficial no Legislativo gonçalense.
Durante a votação da Mensagem, vereadores Cacau (Cidadania), Alexandre Gomes (PV), Lecinho (MDB) e Cida Maldonado (PL) usaram a tribuna da Casa para destacar as suas respectivas opiniões e exaltaram os seus pontos positivos e negativos da proposta. Em seguida, o presidente do Poder Legislativo, o vereador Lecinho Breda (MDB) iniciou a votação e a maioria dos parlamentares decidiu pela aprovação. O projeto segue para segue para promulgação e publicação no Diário Oficial no Legislativo gonçalense.
O autor do projeto, o vereador Cacau (Cidadania) iniciou a discussão, alegando que o Clube Tamoio não existe mais. “Como eu quero o crescimento da minha cidade, estou aqui apresentando esse projeto no qual irá gerar emprego, renda em nosso município e segurança aos arredores. É o crescimento da nossa cidade. Várias pessoas me perguntam o porquê estou apresentando esse projeto, mas eu já fui ao Tamoio diversas vezes e não vejo nenhuma ação da prefeitura lá e nenhum de vocês também, muitos querem fazer politicagem no Tamoio e eu me pergunto o do porquê vocês não foram lá antes para ajudar o clube. Essa é minha opinião, pelo crescimento de São Gonçalo, o qual eu sempre sonhei com melhorias”, disse o parlamentar em sua justificativa.
O presidente da Câmara, o vereador Lecinho Breda (MDB), autor da lei que classifica o Tamoio Futebol Clube como patrimônio histórico da cidade, disse estar muito triste com essa votação, mas que respeita a opinião dos parlamentares. “Sei do momento difícil em que clube vinha passado e por isso propus o tombamento. O Clube foi vendido para empresários e se tivesse sido vendido para pagar as dívidas de todos os funcionários e não o parecer dado por um juiz. Sei que sou voto vencido. Eu sempre me coloquei à disposição para ajudar ao clube e vou continuar com a minha vontade de auxiliar o Tamoio no que for preciso. Eu posso garantir que o meu voto vai continuar com o clube. Eu tenho a minha posição formada sobre esse processo e todos sabem. O projeto de Lei nº 702/2017, sancionado pelo então prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci, é de minha autoria o tombamento da sede da instituição e tornando patrimônio cultural da nossa cidade”, discursou.
O vereador Alexandre Gomes (PV), líder do governo na Casa, defendeu o projeto e atribuiu o fracasso do Tamoio aos atuais diretores que vivem de usurpar os aluguéis de suas dependências. “O Clube Tamoio foi retirado dos seus sócios por uma ação trabalhista. Os diretores do clube deveriam acompanhar esse processo e não deixar chegar a esse ponto. Não é essa Casa que está tirando o direito do Clube e quem tirou foi a Justiça dos seus associados. Eu defendo a geração de emprego e renda na nossa cidade, mas não podemos colocar a culpa nessa Casa”, afirmou.
O vereador Cici Maldonado (PL), disse discordar dessa votação, pois não houve audiência pública para ouvir a população, a sociedade civil organizada para debater e discutir o assunto e até mesmo os empresários para trazer mais explicações e o poder executivo para debater o assunto. “Essa é uma situação que me contrapõe, esse atropelamento. Eu não assinei o regime de urgência. Será que a situação do Tamoio é realmente irreversível na justiça porque os associados, diretores, a presidência, disseram que é possível reverter. Nós deveríamos ouvir essas pessoas para ter o maior entendimento e com certeza aí sim, voltaríamos com o voto mais consciente. O destombamento dever ser para algo para a população como hospital, escola técnica, ginásio esportivo. Não para interesse de empresários”.