Na manhã da última terça-feira (09), a Câmara Municipal debateu sobre os danos causados à população decorrentes dos alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra, comuns nos meses de verão. Presidida pelo vereador Romário Régis (PCdoB), a audiência contou com a presença dos vereadores Jalmir Júnior (PRTB) – presidente da Comissão de Meio Ambiente -;Juan Oliveira (PL); Professor Josemar (PSOL); Jorge Mariola (PODEMOS) – presidente da Comissão de Política Urbana-; Priscilla Canedo (PT); Glauber Poubel (PSD) e Cici Maldonado (PL); além dos convidados, Tenente Coronel Marcos Valério – comandante do Corpo de Bombeiros -; Wallace Fernandes – represente do Morro do Feijão -; Sidney Valley – Presidente da Associação de Moradores de Neves; e Tenente Coronel Fernando Sergio – subsecretário da Defesa Civil.
No encontro, foi debatida a melhor forma para garantir segurança à população, sobretudo, aos que habitam em áreas consideradas de risco e propensas a desastres ambientais. Investimentos em obras de infraestrutura, ampliação da rede de prevenção para tragédias, reestruturação de ferramentas para os profissionais da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros conseguirem atuar em situações emergenciais, predominaram na discussão. Além disso, foi abordado sobre buscar parcerias com as universidades e medidas de construção de educação ambiental. Os parlamentares se comprometeram em cobrar o aluguel social para as famílias que foram vítimas desses desastres.
Tendo em vista que estes acontecimentos são recorrentes no município, foram sugeridas também, medidas de prevenção para mudar esta realidade. Uma das sugestões mais interessantes, foi a instalação do Bueiro Inteligente, apresentada pelo geógrafo Iago Reis, assessor da vereadora Priscilla Canedo. Adotado pela prefeitura da cidade de São Paulo, o Bueiro Inteligente, nada mais é que um equipamento que contém um filtro com um cestinho acoplado, encaixado no bueiro, que possui um sensor volumétrico. Quando o cesto atinge 70% da capacidade, o sensor emite um alerta para as equipes de limpeza da Prefeitura.
Enfatizando que a questão das tragédias ambientais é crônica, o vereador Professor Josemar sugeriu a união das lideranças políticas da cidade em busca de parcerias junto a outras esferas do poder.
“É um tema estratégico. Pensar no fim do alagamento e das enchentes em São Gonçalo ou pensar em medidas que atendam essas necessidades, está na estrutura da nossa cidade. Estaremos aqui debatendo, pensando em medidas e também em uma coisa que é fundamental, que é a política como solução para esses problemas. Temos que nos unir para ir até os órgãos estaduais e federais, cobrar e solicitar apoio, para que possamos resolver esse problema, que é crônico e estrutural na nossa cidade”, afirmou o Professor Josemar.
Por sua vez, o vereador Glauber Poubel destacou o trabalho feito pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em São Gonçalo, e cobrou a participação mais efetiva dos deputados estaduais eleitos com votação expressiva no município na luta por investimentos e obras estruturais que beneficiem a população que habita em áreas vulneráveis.
“A gente sabe da importância do INEA no combate às enchentes na nossa cidade. Sem o apoio dessa autarquia estadual, a gente não dá um passo. Além da cobrança a essa entidade governamental, precisamos cobrar também a participação dos deputados que o nosso povo ajudou eleger. Precisamos que todos abracem essa causa”, conclamou o parlamentar.
Ao final do debate, o vereador Romário destacou a relevante participação dos parlamentares e autoridades do setor de Defesa Civil na discussão de um tema socialmente tão relevante e de total interesse da população.
“Esse debate público é fundamental e indispensável para o desafio que são os alagamentos e enchentes em São Gonçalo. Levamos para essa audiência uma pessoa que foi vítima de um desastre ambiental ocorrido no Morro do Feijão. Essa tragédia se alinha com problemas de estrutura que a cidade não construiu ao longo dos anos. Precisamos entender esse momento como uma construção futura para obtermos solução e, principalmente, um planejamento executável dentro das dificuldades orçamentárias que o país vive e ao mesmo tempo pressionando os órgãos municipais, estaduais e federais para solução dessa questão que é grave na nossa cidade”, enfatizou o Vereador do PC do B.
*Essa matéria foi redigida pelas estagiárias Jussiara Souza e Louise Costa, sob a supervisão do assessor chefe de Comunicação Social da CMSG, jornalista Paulo Pintinho dos Santos.