A Câmara Municipal realizou ontem (17) Audiência Pública presidida pelo vereador Professor Paulo (PC do B), presidente da Comissão de Educação, para debater “A crise da educação de São Gonçalo”. Os profissionais exigem que o Poder Executivo cumpra a Lei 11.738, que institui o piso nacional do profissional da educação. E, uma das propostas apresentadas para um acordo é a criação da Frente Parlamentar em Defesa e Apoio a Educação.
O Secretário de Educação, o Professor José Augusto, em seu discurso falou sobre a dificuldade de trabalhar no município. “Primeiro, é meu dever estar aqui e esclarecer o que for perguntado. Assumi a secretaria há mais de um ano, e encontrei uma educação abandonada. Avançamos, fiz o que foi possível nesse tempo. Encontramos verbas bloqueadas, sem contas definidas, merendas, ônibus sucateados, e hoje 28 circulam em perfeito estado. Apresentamos propostas para a categoria dentro do que a pasta pode fazer, mas não aceitaram”, explicou o secretário.
Já uma das diretoras do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE- SG), Michelle Alvarenga, disse que o governo municipal, faz distinção entre os professores e os profissionais da educação. “Foi criado um Plano de Cargos para os profissionais da educação, engloba, professores, inspetores, merendeiras e outros. E, não é cumprido. O município não cumpre a Lei”, explicou a diretora.
De acordo com o Professor Paulo, há recursos para gerir a educação do município. “O problema está na gestão, as verbas não são aplicadas corretamente, conforme a legislação vigente”, disse o vereador.
Na sessão que durou cerca de quatro horas, contou com a presença dos parlamentares: Salvador Soares, Lecinho, Eli da Rosabela, Vinicius, Sandro Almeida e Lucas Muniz. E, do deputado estadual, Flávio Serafini.