A Câmara Municipal de São Gonçalo realizou na tarde desta quarta-feira (25) uma Audiência Pública para debater os rumos da cultura gonçalense. A sessão foi presidida pelo vereador Cláudio Rocha (PSDB) que cobrou a data para a abertura do Teatro Municipal de São Gonçalo.O parlamentar divulgou ações do seu mandato relacionadas ao tema cultural e também afirmou que já está encaminhando um projeto de Lei que garante 50% de artistas da cidade estejam presentes eventos públicos.
O vereador relembrou a parceria que tem buscado junto ao estado para incentivar a cultura gonçalense. “Nestes três meses de mandato quero dizer o que conseguimos através dessa união alguns ganhos para São Gonçalo. Vamos contemplar, 40 projetos culturais como resultado dessa cooperação”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que existe um propósito para que ainda este ano, seja instalada pelo menos uma biblioteca, que faz parte do projeto Invasão de Livros. “A ideia é que essa primeira unidade seja na comunidade do Querosene, lá no Mutuá. Além disso, também pretendemos realizar em parceria com a secretaria de educação, eventos que promovam a cultura na escolas.Nosso intuito é levar cultura aos alunos da rede pública todos os sábados,onde teríamos um contador de história, circo e teatro”, destacou Cláudio.
Dentre as propostas apresentadas pelo vereador, também se destaca a virada cultural que o parlamentar garantiu que vai buscar parcerias com a iniciativa privada.
“Tudo indica que novos ventos estão soprando na cultura local, pontuou o parlamentar.
Um dos participantes da reunião, Jorge Henrique que é mais conhecido como palhaço Pic- Caramelo, disse que trabalhou dando aula em oito estados e que em sua terra natal não tem incentivo cultural. “Aqui eu teria que queimar minha roupa de palhaço. Só escutamos promessas e nada é feito pela área da cultura”, disse.
Para a Conselheira de Cultura, Angélica Maria, articuladora do Fórum Permanente de Dança, e diretora de uma escola de artes desde 1993, é necessário se unir para lutar pelo Fundo Municipal de Cultura.
“Precisamos implementar o Fundo Municipal de Cultura para ter dinheiro para investir, e é preciso que alguém da secretaria da Fazenda encaminhe um ofício com essa proposta. Precisamos de uma promessa efetiva, solicitando a mesa para fazer uma reunião com o prefeito e os representantes da área”, afirmou.
Em sua fala, o secretário Carlos Ney rebateu afirmações contrárias à realidade da sua pasta.
“A secretaria possui equipe técnica para a elaboração e enquadramento de projetos em leis de incentivo, equipe esta que sempre esteve à disposição para prestar orientações aos artistas da cidade. Tudo é publicado no link da secretaria, que fica no portal da Prefeitura. Trabalhamos com dificuldade, mas não deixamos de atender a classe artística, assim como realizar projetos para a população. Não é fácil promover cultura em um município com mais de um milhão e duzentos mil habitantes”, afirmou Carlos Ney.
TEATRO MUNICIPAL
Sobre o teatro municipal, explicou que existe um processo com participação do Ministério Público estadual para solucionar o caso.
“O prefeito quer sim inaugurar o teatro, no entanto, quer fazer isso da forma correta, de acordo com as orientações da Justiça”, disse, ressaltando ainda que a aprovação do Plano Municipal de Cultura era uma luta antiga na cidade e se concretizou no governo atual.
“Há pelo menos duas décadas a classe vem atuando por esta realidade. Agora, tem pessoas com interesses pessoais que chegam aqui e se apresentam como a solução, mas estão há anos criando discursos vazios e nunca trouxeram nenhum benefício para o setor na cidade”, concluiu Carlos Ney.