Foi realizada na Câmara Municipal de São Gonçalo na tarde desta quinta-feira (28), uma Audiência Pública sobre o “Mês da Cultura”. Durante a sessão os participantes discutiram o cumprimento do Plano Municipal de Cultura, a preservação do patrimônio histórico: Fazenda Colubandê, números da cultura na cidade e medidas que possam ser realizadas para abertura do teatro.
O presidente da Comissão Permanente de Cultura, o vereador Jalmir Junior, levantou uma questão importante: o baixo orçamento para a pasta. “Votamos a Lei de Diretrizes Orçamentárias e está previsto para a pasta da cultura só R$ 1.189, 000 ( um milhão cento e oitenta e nove mil reais), isso incluindo pagamento de pessoal. É preciso rever questões, porque é um valor muito baixo para o tamanho da nossa cidade”, ressaltou o vereador.
Ainda de acordo com o vereador Jalmir Junior, a Promotora de Justiça – MP- RJ – Renata Neme, cuida de ações da área ambiental e cultural da cidade, não pode estar presente. E, que já há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para a reabertura do teatro e Ação Civil Pública para Fazenda Colubandê e Fazenda do Engenho Novo.
Segundo a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Leila Araújo a luta pela preservação da Fazenda Colubandê já dura quase sete anos, através do “Coletivo Fazenda Colubandê: quem ama, cuida”. “A Fazenda Colubandê é um patrimônio histórico e a sua preservação é de responsabilidade do estado. Ao longo dos últimos sete anos, o Coletivo Fazenda Colubandê: quem ama, cuida, está buscando uma solução para o abandono do local. A Fazenda é tombada, por isso, nos reunimos com membros dos Instituto para saber o que é possível fazer. Assim como já nos reunimos com o Secretário de Estado de Turismo, que tem interesse na ocupação e incluí-la no roteiro turístico. Temos que marcar uma agenda com o governador para decidir quem vai assumir a gestão”, disse a professora.
Recentemente foi realizado o Primeiro Festival Literário de São Gonçalo (FLISGO), e movimentou o mercado literário da cidade. Um dos organizadores, Alberto Rodrigues disse que é importante fazer um mapeamento de quem faz cultura na cidade. “São Gonçalo é uma usina cultural. Precisamos nos questionar o que é cultura e quem a faz, antes de qualquer ação. Somos referência em dança, música e teatro. A cultura é também uma forma de troca de informação. Em nosso festival literário, batemos a meta de venda de 4 mil livros por dia e 92 mil pessoas circulando,” explicou.
Participaram: Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Pesca e Trabalho Evanildo Barreto Evanildo Barreto, o vereador Cláudio Rocha, o vereador Jalmir Junior, a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Leila Araújo, o vereador Salvador Soares, o maestro da Orquestra Sinfônica Municipal – Paulo Guarany, membros do Coletivo Fazenda Colubandê e sociedade civil organizada.